"Do
negro manto do espectro faz-se mortalha para corpos
condenados ao profundo desespero.
Não temas as escuras nuvens que se aproximam,
são mensageiros da melancolia."
condenados ao profundo desespero.
Não temas as escuras nuvens que se aproximam,
são mensageiros da melancolia."
(N.E)
Um vento gelado tocava seu rosto,
parecia querer roubar sua alma.
Na beira do penhasco deixava-se ser
dominada por essa sensação de vazio, era como estar entre duas dimensões ao
mesmo tempo.
Sentia vontade de deixar seu corpo
cair naquele abismo convidativo...
De olhos fechados podia sentir que ja
não se pertencia mais, ja não era dona de sua vida nem de seus desejos.
Com os braços abertos quase podia
abraçar o inexpressível, os sentimentos se materializavam à sua volta, uma
multidão a cercava.
De repente o Nada, o Vazio, mais uma
vez...
Respirando fundo permitiu-se cair,
seu corpo pairava leve no ar, descia suave enquanto sua alma se inundava de
expectativas.
Mergulhava agora num rio frio, podia
ver a luz sumindo enquanto seu corpo afundava naquela imensidão azul...
Uma sensação de tranquilidade a
invadia, mais uma vez se permitiria ficar ali no fundo daquele rio que a
confortava como ninguém.
"Como
se explica o que não tem explicação?"
(Nuit
Engel)
Não precisamos de explicação, às vezes sentir é o suficiente.
ResponderExcluirLindo minha bela!
Grande beijo.