quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mais uma vez o ar se torna denso...

Mais uma vez o ar se torna denso
Um nevoeiro de incertezas me consome em dúvidas
Entrego minha alma a Ti ó grandioso Cavaleiro
esperando que me mostre o caminho a seguir.
Sensação de mistério, desejo do corpo que transcede a alma
Minha libido floresce entre os tenebrosos sonhos que me revelas...

A força aprisionada se liberta:
É meu amor e minha luxúria por ti, ó Ninfa Demoníaca.
Estamos cegos para o caminho à frente na mata sombria
Mas nossos corpos trazem a rota secreta neles tatuada.
Um único olhar para tua alma estampada neste corpo de volúpias
Desperta minha ânsia viril de fazer-te posse eterna...
Mas não podemos parar, é imperioso descobrir os mistérios de tua alma e teu corpo...

A relva recoberta pelo orvalho da noite toca nossos corpos em chamas
Minhas delicadas mãos acariciando o corpo forte e viril de meu amado Cavaleiro
A pele em contraste com a noite escura iluminada apenas pelo luar
Uivos ao longe marcam o inicio de uma era de luxuria e prazeres infinitos

Em meus braços te prendo como a noite exerce força sobre o dia...
Sempre a exigir que o sol seja devorado num ritmo primal
De dominância e subserviência.
Meu desejo por ti é como o sol escaldante, me deixa a boca sedenta
E o corpo em chamas.
As mordidas que minha boca faz em teu pescoço
Deixam marcas candentes, dignas do amor flamejante que te dedico.

Tomada por delírios infernais me submeto a você
Meu amado Cavaleiro, meu Algoz
Meu corpo trêmulo a deslizar junto ao teu
Vozes demoníacas que me arrebatam à um novo plano
Desesperada por teu liquido quente, minha boca semi aberta procurando a sua numa voracidade hipnótica.

Suavemente me deixo ser invadida por você
Tomando sua vida para mim
Sedenta por tua alma
Minhas unhas fazem cortes profundos em sua pele
Bebo de teu doce sangue enquanto sinto-o dentro de mim.
Um orgasmo de sensações que alucinam nos prendendo para sempre nesta violenta paixão.

(Kay the Grey Knight and Nuit Engel)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ritual de Prazer


Garras de desejo arranham minha mente
O som preguiçoso do rasgar de meus pensamentos
É ao mesmo tempo delicioso e assustador.
Uma lânguida força expõe os instintos nus e puros
Ocultos um dia sob meus pensamentos inúteis
E a noite da volúpia aflora em meio aos estilhaços
Da mente que só sabe agora se concentrar...
Em você.

Delírios de prazer, dor e nostalgia de tempos antigos.
O som da carne se rasgando e a deliciosa sensação do sangue quente escorrendo por nossos corpos
A noite da lúxuria!
Nossos corpos absorvidos pelas trevas da noite escura num ritual de prazer...

Acordo de um sonho macabro e ao mesmo tempo sedutor
O delicioso esforço do despertar me gera a revelação
Não era sonho nem sono, não era devaneio nem torpor
Era o rápido fechar dos meus olhos ao tocar teu corpo em chamas
O ritual de prazer havia começado!

Minhas mãos trêmulas a percorrer tua pele nua
a gélida sensação de perigo eminente que brota de seu olhar me excita
Um tormento de sensações fazendo com que nossos corpos se movimentem frenéticamente.
Mãos, braços e pernas...
O halito quente que percorre meu pescoço me faz implorar por sua alma.

Mistérios vazios de um ímpeto irresistível se revelam a mim
A obscuridade rescende a um aroma da mais fina radiância infernal
Era o brilho obscuro da tua pele, o perfume do teu saboroso pescoço.


Um arrepio percorre meu corpo
Um desejo ardente numa possessão demoníaca
Seu gosto doce me consome em chamas enquanto o sinto entre minhas pernas...
Paixão enlouquecida que desmancha na suavidade do toque de suas mãos
Néctar da mais rara flor, o desespero do corpo que quer satisfazer a alma.

Despido da armadura noturna que me cobria,
Fascinado ante a paixão elétrica que nos percorre os corpos,
Beijo e mordo teu corpo, teus seios nus, teus quadris firmes,
Buscando uma explicação,
Um segredo a se mostrar, uma direção, um ensinamento desviante
Deve se esconder dentro do teu corpo divinamente sedento.

Me entrego completamente à este estado de plena loucura
Insensatez comanda meus pensamentos
Esperando pelo novo amanhecer de nossas almas
Deixe-me beber de tua vida, veja a escuridão em meus olhos
Minha boca a percorrer seu peito, explorando-o com a lingua
Sugando sua pele em movimentos sensuais de pura excitação

Eu te trespasso como uma adaga consagrada
Perfura o coração da vítima voluntária.
O Amor e a Vontade me dominam,
O Desejo e a Sabedoria me excitam.
Eu sinto a sombra de teus olhos caírem sobre mim
Quando o limiar entre a vida e a morte
É atingido e o orgasmo nos alivia o fervor da existência!




(Kay the Grey Knight and Nuit Engel)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

O inverno chegou cedo demais e as paredes manchadas me dizem coisas
que não quero saber.
Tem sido uma longa espera, e a escuridão tem feito bem o seu papel.
O chão está coberto de cinzas e o ar intoxicante deste sepulcro dificulta minha respiração.
Sonhos são pesadelos pelos quais não anseio;
Vida é uma morte diária que queima de dentro para fora e destrói a sua cabeça.
Eu deito sobre a plantação de espinhos, e cada ferimento é como um bálsamo,
o sangue que escorre libera o veneno.
De olhos fechados posso sentir o delicioso torpor que toma conta de meu corpo...
Meu coma induzido!!

(Nuit Engel)