De passo manso absorvendo toda a névoa do cosmo
Embalando na alma a sinfonia das estrelas
Corpo de fogo bailando no éter da existência
Onde as notas mais íntimas são tocadas
Violino mortal em afinação transcedental
Os pés da doce bailarina das estrelas movem-se com doçura em todas as direções
Braços como caldas de cometas fazem desenhos mágicos no ar
O corpo em ebulição, uma explosão de outras vidas brilhando dentro dela
Dançando e dançando como se disso dependesse sua vida
Mas a dança é a vida, a própria vida em movimento
Inverno da alma, a bailarina rodopiando em violentos movimentos
os braços agora envolvem todo o corpo num abraço a si mesma
Amor próprio, amor ao Eu, amor às máscaras
Amor fluindo da ponta de seus dedos
Intensa melodia corroendo sua alma
Provocando todos os desejos
Libertando todos os sentimentos
Dando vida aos antigos fantasmas
Ela está dançando e seus pés são como cometas
Não param de se mover um só minuto
Ela dança no cosmo
Na luz e através dela
Seu corpo em total liberação de energia
Se contraido para logo depois se expandir
Ela dança até a morte
Sua morte e renascimento
A dança das estrelas!
(Nuit Engel)
